quarta-feira, 25 de maio de 2016

Empresas que incentivam doação de sangue ganharão selo

Empresas que incentivarem entre seus funcionários à doação voluntária e regular de sangue poderão ser premiadas com o Selo Empresa Solidária. A lei estabelecendo a honraria foi promulgada nesta segunda-feira (24), no Diário Oficial da União, e visa distinguir empresas que demonstrem preocupação social e solidária com a vida.
Para participar, as empresas precisam informar e orientar os trabalhadores sobre a importância da doação de sangue e de medula óssea e os procedimentos para fazer o cadastro no registro oficial de doadores. Elas também precisam conceder aos trabalhadores oportunidade e condições para ir ao banco de sangue ou hemocentro.
“A medida vem reforçar o trabalho que fazemos no Ministério da Saúde de incentivar a doação voluntária de sangue. Além de ajudar para que as pessoas se tornem doadores regulares, o incentivo das empresas qualifica as doações: as pessoas estarão mais conscientes da importância de doar sangue e saberão os critérios”, afirma o coordenador-geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, João Paulo Baccara.
Também receberão a homenagem empresas que incentivarem o cadastramento para a doação de medula óssea. As pessoas jurídicas que receberem o selo poderão usar a marca em propagandas e em publicações promocionais. Além disso, serão inscritas no Cadastro Nacional de Empresas Solidárias com a Vida. A cada ano, cinco delas serão premiadas com o título Empresa Campeã de Solidariedade.
Atualmente, são coletadas no País cerca de 3,6 milhões de bolsas/ano, o que significa 1,8% da população doando sangue. Embora o percentual esteja dentro dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Ministério da Saúde trabalha para aumentar esse índice. Em 2012, o Ministério da Saúde reduziu a idade mínima de 18 para 16 anos (com autorização do responsável). Com a expansão das idades mínima e máxima dos doadores, houve a abertura para 8,7 milhões de novos voluntários.
No Brasil, a remuneração da doação de sangue é proibida. Do total de pessoas que procuram os hemocentros, 64,8% são doadores do sexo masculino e 35,1% são do sexo feminino. A faixa etária que mais realiza doações vai de 18 a 29 anos (41,3%). As demais faixas, acima dos 29 anos, respondem por 58,6% das doações. 
Critérios
Podem doar pessoas com peso mínimo de 50 quilos que tenham entre 18 e 69 anos. Também podem ser aceitos candidatos à doação de sangue com idade entre 16 e 17 anos havendo o consentimento formal do responsável legal. O candidato não deve estar cansado, não ter ingerido bebida alcoólica nas 12 horas anteriores à doação e não estar em jejum. Além disso, no dia da doação, é importante estar bem hidratado e continuar a hidratação em seguida, além de tomar o refresco ou o lanche que o local da coleta oferece.
Para doar, é obrigatório levar um documento oficial com foto. Além disso, é normal que aconteça uma redução no estoque de sangue dos hemocentros de todo o País com a chegada de feriados prolongados e férias escolares. Nessas épocas, as pessoas mudam suas rotinas, viajam ou aproveitam para descansar e, por isso, não doam sangue. Nesse sentido, é essencial doar sangue durante as férias e antes de viajar para ajudar a manter os estoques em alta.
Para a segurança do receptor do sangue, estão impedidos de doar aqueles que tiveram diagnóstico de hepatite após os 11 anos de idade, pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue como Aids, hepatite, sífilis e doença de chagas, usuários de drogas, aqueles que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual sem uso de preservativos e mulheres grávidas ou amamentando.

Em gravação, Renan Calheiros fala em mudar lei da delação premiada

Presidente do Senado conversa com investigado na Operação Lava Jato sobre “passar uma borracha no Brasil”.

Uma nova conversa gravada pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, desta vez com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), revela os planos de mudança na lei que trata da delação premiada. Na mudança proposta pelo senador, os presos seriam impedidos de se tornarem delatores. O áudio e transcrição da conversa foram divulgados pelo jornal Folha de São Paulo.
“O Cunha, o Cunha. O Supremo. Vamos fazer um pacto de Caxias, vamos passar uma borracha no Brasil e vamos daqui pra frente. Ninguém mexeu com isso. E esses caras do…”, afirma o empresário Sérgio Machado.
“Antes de passar a borracha, precisa fazer três coisas, que alguns do Supremo [inaudível] fazer. Primeiro, não pode fazer delação premiada preso. Primeira coisa. Porque aí você regulamenta a delação e estabelece isso”, responde Renan Calheiros.
A data das conversas não foi informada, mas ela aconteceu antes do impeachment da presidente, agora afastada, Dilma Rousseff. Inclusive, na gravação, Renan Calheiros afirma ainda que também poderia “negociar” com membros do Supremo Tribunal Federal (STF) a transição da presidente.
Na gravação, Renan Calheiros afirma também que uma delação da Odebrecht “vai mostrar as contas”, ao que Sérgio Machado responde que “não escapa ninguém, de nenhum partido”, responde Machado. “Do Congresso, se sobrar cinco ou seis, é muito. Governador, nenhum”.
Sérgio Machado pergunta a Renan Calheiros por que Dilma não “negocia” com os ministros do STF e o senador responde que todos do Supremo estão “putos com ela”.
“Ela me disse e é verdade mesmo, nessa crise toda – estavam dizendo que ela estava abatida, ela não está abatida, ela tem uma bravura pessoal que é uma coisa inacreditável, ela está gripada, muito gripada – aí ela disse: Renan, eu recebi aqui o Lewandowski (presidente do STF), querendo conversar um pouco sobre uma saída para o Brasil, sobre as dificuldades, sobre a necessidade de conter o Supremo como guardião da Constituição. O Lewandowski só veio falar de aumento, isso é uma coisa inacreditável”, disse Renan Calheiros.
Investigado na Operação Lava Jato, Sérgio Machado tem gravado conversas com políticos brasileiros desde março deste ano. Na segunda-feira, 23, também foram revelados pelo jornal Folha de São Paulo os diálogos entre o ex-presidente da Transpetro e o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que pediu afastamento do cargo de ministro do Planejamento do governo Temer após a publicação das gravações.
Além de Renan Calheiros e de Romero Jucá, o ex-presidente da Transpetro procurou ainda o ex-presidente José Sarney (PMDB), porém, até o momento, nenhuma conversa com José Sarney foi divulgada ainda.
Jornal o mossoroense 

Médico do Samu atira em outro e depois se mata dentro do ambiente de trabalho dos dois

Deives Dias de Oliveira foi morto com quatro tiros no Samu de Piracicaba (Foto: Thomaz Fernandes)

Um médico atirou em outro e depois se matou dentro da central do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Piracicaba (SP) na manhã desta terça-feira (24). O crime aconteceu por volta das 11h no refeitório da unidade, que fica na Avenida Doutor Paulo de Moraes, na região do bairro Paulista. O médico baleado morreu no local. O atirador foi socorrido, mas chegou sem vida ao hospital.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Jorel Bottene era clínico geral e não estava na escala de trabalho desta terça. Ele chegou à unidade do Samu e atirou quatro vezes contra Deives Dias de Oliveira, que era coordenador da Central de Vagas do Sistema Único de Saúde (SUS) de Piracicaba.

Os tiros atingiram Oliveira em uma das pernas, no tórax, no abdômen e na cabeça, conforme a secretaria. Em seguida, ainda segundo a pasta, Bottene atirou contra o próprio peito. Ele foi levado pelos colegas de Samu até a Santa Casa da cidade, mas morreu a caminho do hospital.

Jorel Bottene atirou em outro médico no Samu(Foto: Fabrice Desmonts/Câmara Piracicaba )

As polícias Militar e Civil estão no local. Ainda não foram divulgados mais detalhes sobre o motivo do crime, apenas que Bottene era subordinado à vítima no serviço.

O secretário de Saúde de Piracicaba, Pedro Antonio de Mello, lamentou o ocorrido. Segundo ele, desavenças pessoais podem ter motivado o crime. “Eram profissionais de alta qualidade e, inicialmente, não havia registros de conflitos entre eles no trabalho. É muito triste, nada que tenha acontecido justifica essa tragédia”, disse.

Em 2013, Como diretor técnico do Samu, Oliveira chegou a assumir interinamente a Secretaria de Saúde do município. Ele substituiu na época Luiz Roberto Pianelli, que havia sofrido um acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI). Oliveira acumulou as duas funções na ocasião.

*G1